O Sagrado no Divã: Por Que a Psicodinâmica é Essencial para Entender a Espiritualidade na Psicologia

A saúde mental é um campo vasto, onde a complexidade da experiência humana se manifesta em toda a sua profundidade. Nela, as dimensões da religiosidade e da espiritualidade (R/E) podem desempenhar um papel inegável, influenciando comportamentos, crenças e a própria forma como lidamos com conflitos e sofrimentos (CAFEZEIRO, 2023). Apesar de sua inegável importância, em decorrência de elementos históricos e circunstanciais, a formação em psicologia inúmeras vezes negligenciou seu estudo e discussões acerca da área.

A despeito disto, é inegável o destaque que a abordagem psicodinâmica possui face ao seu pioneirismo ao desbravar o campo, emergindo como uma vertente indispensável ao entendimento dos elementos R/E. Historicamente, a relevância dessas dimensões para a compreensão da mente humana foi reconhecida por pioneiros da psicologia, especialmente aqueles que lançaram as bases das abordagens psicodinâmicas, fortemente em vigor à época. Desde os primórdios dos estudos em R/E, essas teorias têm contribuído para a compreensão dos fenômenos ligados à religiosidade e espiritualidade, explorando as dinâmicas inconscientes e os processos mentais profundos que as sustentam (CORVELEYN; LUYTEN; DEZUTTER, 2013). Enquanto outras vertentes da psicologia tendem a focar em aspectos mais observáveis e cognitivos da R/E, a psicodinâmica convida a mergulhar nas camadas mais profundas e inconscientes da psique (RIZZUTO; SHAFRANSKE, 2013). Mas, qual a relevância dessa perspectiva para a formação dos futuros psicólogos e para a compreensão da experiência humana?

Lidando com a Religiosidade e a Espiritualidade: Um Elo entre o Cultural e o Psíquico

Crenças e práticas religiosas/espirituais são componentes estruturantes da dinâmica psíquica individual. Elas funcionam como bases através das quais interpretamos a realidade, influenciam nossa saúde mental – associando-se a menores índices de ansiedade e depressão, por exemplo – e podem ser recursos valiosos no enfrentamento de doenças e na adesão a tratamentos (CAFEZEIRO, 2023). A literatura científica, nesse sentido, tem amplamente demonstrado o impacto da R/E na saúde e bem-estar.

Contudo, embora sejam aspectos relevantes para a saúde mental e muitos pacientes desejem abordar esses temas em seus tratamentos de saúde, profissionais frequentemente se sentem despreparados para tal. Essa lacuna fomenta um “círculo vicioso”, onde a falta de treinamento impede a discussão e a inclusão ética da R/E na prática clínica (RADDATZ; MOTTA; ALMINHANA, 2019). É aqui que a abordagem psicodinâmica se destaca.

Desvendando as Camadas Inconscientes: uma nova era nas pesquisas psicodinâmicas

Em recente revisão sistemática da literatura buscou-se investigar como a abordagem psicodinâmica compreende e trata a experiência religiosa/espiritual numa perspectiva clínica e qual a relevância de seus estudos para a formação em psicologia (CAFEZEIRO, 2023). A análise abrangeu 25 trabalhos científicos publicados entre 1998 e 2022, predominantemente nos Estados Unidos, mas com contribuições significativas de países europeus (CAFEZEIRO, 2023).

Um dos achados notáveis desse levantamento é que, embora predominem metodologicamente os estudos de caso, considerados de pouca confiança quanto às evidências científicas, observa-se um avanço contínuo na sofisticação dos métodos, com uma crescente inclinação ao uso de múltiplas teorias – tanto psicodinâmicas quanto de outras áreas da psicologia. Essa tendência indica uma busca por abordagens mais integrativas e complementares (CAFEZEIRO, 2023) e faz ressurgir a abordagem psicodinâmica como conhecimento científico a ser respeitado.

Foi constatado também que a visão psicodinâmica da R/E passou por transformações. Inicialmente, influenciada por uma perspectiva freudiana mais negativa (que via a religião como uma ilusão ou regressão), ela se expandiu para reconhecer os aspectos saudáveis e funcionais da experiência religiosa/espiritual (CAFEZEIRO, 2023). Essa evolução se reflete nas diversas teorias psicodinâmicas que abordam o tema, cada qual com sua especificidade (CAFEZEIRO, 2023):

  • Psicologia Pulsional: Considerada a abordagem psicanalítica clássica de Freud, sugere que desejos inconscientes e conflitos intrapsíquicos podem ser expressos por meio da religião. Para essa perspectiva, a religiosidade/espiritualidade pode ser vista como regressiva e favorecedora de conflitos (RIZZUTO; SHAFRANSKE, 2013).
  • Psicologia do Ego: Essa vertente privilegia as defesas psíquicas do ego na mediação entre os impulsos inconscientes e as exigências da realidade. Pesquisas nesse campo abordam aspectos da formação da identidade e etapas do desenvolvimento religioso (CORVELEYN; LUYTEN; DEZUTTER, 2013). Estudos nessa linha avaliaram a capacidade adaptativa de indivíduos em diferentes contextos (HALL et al., 2006).
  • Psicologia das Relações Objetais: Uma vertente proeminente nos estudos, foca nas representações mentais de si e dos outros, e como moldam a percepção da divindade. A imagem de Deus, por exemplo, pode se formar a partir de figuras parentais significativas (CORVELEYN; LUYTEN; DEZUTTER, 2013). Conceitos como “apego a Deus” são explorados, onde uma relação de apego seguro com o divino favorece uma autoimagem positiva e melhor manejo do estresse (GURNEY; ROGERS, 2007). Essa abordagem também examina como padrões relacionais se manifestam na vivência espiritual.
  • Psicologia do Self: Essa abordagem destaca a importância do ambiente relacional empático na terapia, onde a interpretação busca integrar novas experiências, indo além do racional (JONES, 2010). O processo de individuação, caro a Jung, é compreendido como a integração de conteúdos inconscientes, levando ao amadurecimento e à ampliação da personalidade. O espaço religioso, nesse sentido, pode atuar como um “campo terapêutico” que facilita a elaboração psíquica (CAFEZEIRO, 2023).
  • Psicanálise Relacional: Enfatiza o impacto do contexto sociocultural nas motivações psíquicas, incluindo gênero, etnia, religião e classe social (TUMMALA-NARRA, 2022). Para essa abordagem, a competência cultural é central na prática psicanalítica, e a espiritualidade é vista como uma realidade inerente à vida intrapsíquica de terapeutas e pacientes, podendo-se considerar o transcendente como um “terceiro analítico” (TUMMALA-NARRA, 2022).

A Relevância para a Formação do Psicólogo

A principal contribuição da abordagem psicodinâmica reside em sua capacidade de acessar o “âmago profundo” da pessoa, ou seja, as dinâmicas inconscientes que moldam a experiência religiosa/espiritual (CAFEZEIRO, 2023). Em contraste com abordagens que podem se limitar a crenças conscientes, a psicodinâmica busca o significado que o paciente atribui a essas experiências, sem julgar sua veracidade (SHAFRANSKE, 2009).

A análise da literatura sublinha que o manejo clínico da R/E, embora exija sensibilidade, demanda que o terapeuta psicodinâmico esteja atento à transferência e contratransferência, entendendo como o sagrado se manifesta na relação terapêutica e como suas próprias crenças podem influenciar o processo. O uso do caso clínico, embora por vezes criticado por seu “baixo nível de evidência” em um contexto de Prática Baseada em Evidências, é defendido pela psicodinâmica como uma ferramenta fundamental para capturar a singularidade e a profundidade da experiência humana (RICHARDS, 2010).

Ao integrar essa perspectiva na formação, os futuros psicólogos podem:

  1. Compreender a complexidade da R/E: Ir além da superficialidade das crenças, explorando como esses fenômenos se enraízam no inconsciente e influenciam a saúde mental (CAFEZEIRO, 2023).
  2. Desenvolver uma escuta clínica mais sensível: Reconhecer e acolher as manifestações religiosas/espirituais dos pacientes sem preconceitos, utilizando-as como porta de entrada para o mundo interno (CAFEZEIRO, 2023).
  3. Abordar experiências anômalas: A literatura indica que a abordagem psicodinâmica possui ferramentas únicas para explorar o manejo clínico de experiências anômalas, diferenciando-as de psicopatologias (LOMAX; KRIPAL; PARGAMENT, 2011).
  4. Promover uma prática culturalmente competente: A psicanálise relacional, por exemplo, destaca a importância de considerar o impacto do contexto sociocultural na subjetividade do paciente, um aspecto crucial na psicologia contemporânea (TUMMALA-NARRA, 2022).

Em suma, a abordagem psicodinâmica da religiosidade/espiritualidade se apresenta como um pilar insubstituível para uma formação em psicologia completa e crítica (CAFEZEIRO, 2023). Ela convida a uma visão mais abrangente do ser humano, onde o sagrado, o psíquico e o cultural se entrelaçam de maneiras profundas e significativas. Recuperar esse lugar para as ciências hermenêuticas na psicologia não é apenas um resgate histórico, mas um imperativo para a prática clínica do século XXI.

Referências:

  1. CAFEZEIRO, A. S. Contribuições da abordagem psicodinâmica ao ensino da religiosidade/espiritualidade na formação em psicologia. 2023. 133 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem e Saúde) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, 2023.
  2. CORVELEYN, J.; LUYTEN, P.; DEZUTTER, J. Psychodynamic psychologies and religion. In: PALOUTZIAN, R. F.; PARK, C. L. (Ed.). Handbook of the psychology of religion and spirituality. Guilford Publications, 2013. p. 80-100.
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  4. HALL, M. E. L.; EDWARDS, K. J.; HALL, T. W. The role of spiritual and psychological development in the cross-cultural adjustment of missionaries. Mental Health, Religion & Culture, v. 9, n. 2, p. 193-208, 2006.
  5. JONES, J. W. Mudança Psicoterapêutica e Transformação Espiritual: O Efeito Interação. Pragmatic Case Studies in Psychotherapy, v. 6, n. 2, p. 109-117, 2010.
  6. LOMAX, J. W.; KRIPAL, J. J.; PARGAMENT, K. I. Perspectives on “sacred moments” in psychotherapy. American Journal of Psychiatry, v. 168, n. 1, p. 12-18, 2011.
  7. RADDATZ, J. S.; MOTTA, R. F.; ALMINHANA, L. O. Religiosidade/espiritualidade na prática clínica: círculo vicioso entre demanda e ausência de treinamento. Psico-USF, v. 24, p. 699-709, 2019.
  8. RICHARDS, P. S. The Role of Religion and Spirituality in Olav’s Treatment and Recovery: Commentary on an Exemplary Case Report. Pragmatic Case Studies in Psychotherapy, v. 6, n. 2, p. 101-108, 2010.
  9. RIZZUTO, A. M.; SHAFRANSKE, E. P. Addressing religion and spirituality in treatment from a psychodynamic perspective. In: PARGAMENT, K. I.; MAHONEY, A.; SHAFRANSKE, E. P. (Orgs.). APA handbook of psychology, religion, and spirituality. v. 2. American Psychological Association, 2013. p. 125–146.
  10. SHAFRANSKE, E. P. Spiritually oriented psychodynamic psychotherapy. Journal of Clinical Psychology, v. 65, n. 2, p. 147–157, 2009.
  11. TUMMALA-NARRA, P. Hindu spirituality and psychoanalytic psychotherapy. In: SANDAGE, S. J.; STRAWN, B. D. (Eds.). Spiritual diversity in psychotherapy: Engaging the sacred in clinical practice. Washington, DC: American Psychological Association, 2022. p. 19–46.

The Sacred on the Couch: Why Psychodynamics Is Essential to Understanding Spirituality in Psychology

Mental health is a vast field, where the complexity of human experience manifests in all its depth. Within it, the dimensions of religiosity and spirituality (R/S) can play an undeniable role, influencing behaviors, beliefs, and the very way we deal with conflicts and suffering (Cafezeiro, 2023). Despite their importance, due to historical and circumstantial factors, psychology training has often neglected the study and discussion of this area.

Nevertheless, it is undeniable that the psychodynamic approach stands out for its pioneering role in exploring the field, emerging as an indispensable perspective for understanding R/S elements. Historically, the relevance of these dimensions for understanding the human mind was recognized by psychology’s pioneers, especially those who laid the foundations of psychodynamic approaches, which were dominant at the time. Since the earliest studies of research on R/S, these theories have contributed to the understanding of phenomena related to religiosity and spirituality, exploring the unconscious dynamics and deep mental processes that sustain them (Corveleyn, Luyten, & Dezutter, 2013). While other branches of psychology tend to focus on more observable and cognitive aspects of R/S, psychodynamics invites us to dive into the deeper and unconscious layers of the psyche (Rizzuto & Shafranske, 2013). But what is the relevance of this perspective for the training of future psychologists and for understanding human experience.

Dealing with Religiosity and Spirituality: A Link between Culture and Psyche

Religious/spiritual beliefs and practices are structuring components of individual dynamics. They function as frameworks through which we interpret reality, influence our mental health – being associated, for example, with lower levels of anxiety and depression – and can serve as valuable resources in coping with illnesses and adhering to treatments (Cafezeiro, 2023). In this sense, scientific literature has widely demonstrated the impact of R/S on health and well-being.

However, although they are relevant for mental health and many patients wish to address these topics in their treatments, professionals often feel unprepared to do so. This gap fosters a “vicious cycle,” where the lack of training prevents the discussion and ethical inclusion of R/S in clinical practice (Raddatz, Motta, & Alminhana, 2019). This is where the psychodynamic approach stands out.

Uncovering Unconscious Layers: A New Era in Psychodynamic Research

A recent systematic review sought to investigate how the psychodynamic approach understands and addresses religious/spiritual experience from a clinical perspective, and what the relevance of such studies is for psychology training (Cafezeiro, 2023). The analysis encompassed 25 scientific works published between 1998 and 2022, predominantly in the United States, but with significant contributions from European countries (Cafezeiro, 2023).

One notable finding is that, although case studies predominate methodologically—considered weaker in terms of scientific evidence – there is a continuous advancement in methodological sophistication, with an increasing inclination toward the use of multiple theories, both psychodynamic and from other areas of psychology. This trend indicates a search for more integrative and complementary approaches (Cafezeiro, 2023) and brings psychodynamics back as scientific knowledge to be respected.

It was also found that the psychodynamic view of R/S has undergone transformations. Initially influenced by Freud’s negative perspective (which viewed religion as illusion or regression), it expanded to recognize the healthy and functional aspects of religious/spiritual experience (Cafezeiro, 2023). This evolution is reflected in the various psychodynamic theories addressing the theme, each with its own specificity (Cafezeiro, 2023):

  • Drive Psychology: Considering Freud’s classical psychoanalytic approach, it suggests that unconscious desires and intrapsychic conflicts may be expressed through religion. From this perspective, religiosity/spirituality may be seen as regressive and conflict-inducing expressions of the psyche (Rizzuto & Shafranske, 2013).
  • Ego Psychology: This branch highlights the ego’s defenses in mediating between unconscious impulses and reality demands. Research in this field addresses aspects of identity formation and stages of religious development (Corveleyn, Luyten, & Dezutter, 2013). Studies have evaluated individuals’ adaptive capacity in different contexts (Hall et al., 2006).
  • Object Relations Psychology: A prominent approach in studies, it focuses on mental representations of self and others, and how they shape the perception of divinity. The image of God, for example, may form based on significant parental figures (Corveleyn, Luyten, & Dezutter, 2013). Concepts such as “attachment to God” are explored, where a secure attachment with the divine fosters a positive self-image and better stress management (Gurney & Rogers, 2007). This approach also examines how relational patterns manifest in spiritual life.
  • Self Psychology: This approach emphasizes the importance of the empathic relational environment in therapy, where interpretation seeks to integrate new experiences beyond rationality (Jones, 2010). Jung’s process of individuation is understood as the integration of unconscious contents, leading to maturity and personality expansion. In this sense, the religious space may act as a “therapeutic field” that facilitates psychic elaboration (Cafezeiro, 2023).
  • Relational Psychoanalysis: Emphasizes the impact of the sociocultural context on psychological motivations, including gender, ethnicity, religion, and social class (Tummala-Narra, 2022). For this approach, cultural competence is central in psychoanalytic practice, and spirituality is viewed as an inherent reality of the intrapsychic life of therapists and patients, where the transcendent may be considered an “analytic third” (Tummala-Narra, 2022).

Relevance to Psychology Training

The main contribution of the psychodynamic approach lies in its ability to access the “deep core” of the person, that is, the unconscious dynamics that shape religious/spiritual experience (Cafezeiro, 2023). In contrast with approaches that may limit themselves to conscious beliefs, psychodynamics seeks the meaning that the patient attributes to these experiences, without judging their truth (Shafranske, 2009).

The literature highlights that clinical management of R/S, although requiring sensitivity, demands that the psychodynamic therapist be attentive to transference and countertransference, understanding how the sacred manifests in the therapeutic relationship and how their own beliefs may influence the process. The use of the clinical case, although sometimes criticized for its “low level of evidence” in an Evidence-Based Practice context, is defended by psychodynamics as a fundamental tool for capturing the uniqueness and depth of human experience (Richards, 2010).

By integrating this perspective into training, future psychologists can:

  1. Understand the complexity of R/S: Go beyond the superficiality of beliefs, exploring how these phenomena are rooted in the unconscious and influence mental health (Cafezeiro, 2023).
  2. Develop more sensitive clinical listening: Recognize and welcome patients’ religious/spiritual manifestations without prejudice, using them as entry points to the inner world (Cafezeiro, 2023).
  3. Address anomalous experiences: Literature indicates that the psychodynamic approach has unique tools to explore the clinical management of anomalous experiences, differentiating them from psychopathologies (Lomax, Kripal, & Pargament, 2011).
  4. Promote culturally competent practice: Relational psychoanalysis, for example, emphasizes the importance of considering the impact of the sociocultural context on patients’ subjectivity, a crucial aspect in contemporary psychology (Tummala-Narra, 2022).

In sum, the psychodynamic approach to religiosity/spirituality presents itself as an irreplaceable pillar for a comprehensive and critical psychology training (Cafezeiro, 2023). It invites a broader vision of the human being, where the sacred, the psychological, and the cultural intertwine in profound and meaningful ways. Recovering this place for the hermeneutic sciences in psychology is not only a historical rescue, but an imperative for clinical practice in the 21st century.

References

  1. CAFEZEIRO, A. S. Contribuições da abordagem psicodinâmica ao ensino da religiosidade/espiritualidade na formação em psicologia. 2023. 133 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem e Saúde) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, 2023.
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