Comprovação das Evidências Científicas da Homeopatia: Prática Médica Vitalista, Integrativa e Humanista

Fundamentada em 1796 pelo médico alemão Samuel Hahnemann, a homeopatia é uma prática médica reconhecida mundialmente, realizando atividades de assistência, ensino e pesquisa em diversas instituições de saúde e escolas médicas. No Brasil, é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) desde 1980 e 1990, respectivamente.

Apresentando uma concepção vitalista, integrativa e humanista na compreensão do processo saúde-doença, emprega um tratamento baseado em quatro pressupostos científicos heterodoxos e complementares (princípio da similitude terapêutica, experimentação patogenética homeopática, uso de medicamentos individualizados e em doses dinamizadas), com o intuito de despertar uma resposta curativa do organismo contra seus próprios distúrbios e proporcionar um estado de bem-estar físico, mental, social e espiritual aos pacientes (1,2).

Por estar fundamentada em premissas epistemológicas distintas da prática médica convencional, a homeopatia, em geral, é mal compreendida, sofrendo a crítica de indivíduos preconceituosos que, sistematicamente, negam os princípios homeopáticos e quaisquer evidências científicas que os comprovem. Na realidade, são pseudocéticos disfarçados de pseudocientistas (3).

Para desmistificar essas falácias pseudocéticas culturalmente arraigadas (“não existem evidências científicas em homeopatia” e “homeopatia é efeito placebo”) e elucidar a todos, a Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CT-Homeopatia, Cremesp) elaborou, em 2017, o Dossiê Especial “Evidências Científicas em Homeopatia”, disponível em edições trilíngues de acesso aberto (português, inglês e espanhol) nas revistas científicas Revista de Homeopatia (São Paulo) (4,5) e La Homeopatía de México (6).

Composto por nove revisões narrativas de pesquisas em diversos áreas da ciência (histórica-social-política, educação médica, farmacológica, básica, clínica, segurança do paciente e experimentação patogenética), englobando centenas de estudos experimentais e clínicos, o referido dossiê destacou o estado da arte da pesquisa em homeopatia (7-9).

Com o intuito de ampliar e atualizar essas evidências científicas da homeopatia, publicamos, in 2023, o livro eletrônico de acesso aberto (e-book, PDF) em português “Homeopatia não é efeito placebo”: comprovação das evidências científicas da homeopatia (10), o qual foi traduzido para o inglês e para o espanhol em 2024: “Homeopathy is not placebo effect”: proof of scientific evidence for homeopathy (11) e “La homeopatía no es efecto placebo”: comprobación de las evidencias científicas en homeopatía (12).

Em treze capítulos interativos, o livro discute diversos temas relacionados à pesquisa em homeopatia, englobando desde a “epidemiologia clínica homeopática” até as “estratégias pseudocéticas e pseudocientíficas utilizadas nos ataques à homeopatia”, incluindo o “panorama da pesquisa em homeopatia (bases de dados)”, “fundamentação farmacológica do princípio da similitude”, “estudos experimentais em modelos biológicos”, “ensaios clínicos randomizados controlados”, “revisões sistemáticas e metanálises” e “estudos observacionais”, dentre outros [13-15].

Iniciando a obra, o capítulo “Homeopatia” discorre, em detalhes, sobre as premissas epistemológicas do modelo homeopático (princípio da similitude terapêutica, experimentação patogenética homeopática, uso de medicamentos individualizados e em doses dinamizadas), descrevendo suas evidências nos bancos de dados gerais e trazendo ao leitor uma visão geral de como se processa o tratamento e a prática clínica em homeopatia (2).

Em “Epidemiologia clínica homeopática”, após uma revisão dos princípios da epidemiologia clínica e dos tipos de estudos epidemiológicos empregados para avaliar a eficácia e a efetividade dos tratamentos convencionais, foram abordados os princípios da epidemiologia clínica homeopática, assim como os tipos de estudos epidemiológicos em homeopatia. Vale ressaltar que a premissa epistemológica da “individualização do tratamento homeopático perante a totalidade sintomática característica do binômio doente-doença” é uma condição sine qua non para que o medicamento homeopático dinamizado (ultradiluído e com poder patogenético infinitesimal) consiga despertar uma resposta curativa.

No capítulo “Panorama da pesquisa em homeopatia – Bancos de dados”, além dos bancos de dados gerais (LILACS e PubMed), estão descritos os diversos bancos de dados específicos que agrupam uma ampla gama de estudos homeopáticos indexados nas áreas das pesquisas básica e clínica, desde os estudos experimentais em modelos biológicos e físico-químicos (Homeopathy Basic Research Experiments database, HomVetCR database and PROVINGS.INFO database) até os estudos clínicos epidemiológicos de todos os tipos (Clinical Outcome Research in Homeopathy, Homeopathic Intervention Studies and CAM-QUEST databases).

No capítulo “Fundamentação farmacológica do princípio da similitude”, o princípio da similitude é abordado segundo o modelo homeopático e a farmacologia moderna, descrevendo centenas de estudos experimentais e clínicos que fundamentam a resposta curativa do tratamento homeopático (reação vital ou similitude terapêutica) em conformidade com as manifestações do efeito rebote dos fármacos modernos (reação paradoxal do organismo). Além disso, descreve a proposta de empregar os fármacos modernos segundo o princípio da similitude terapêutica, utilizando o efeito rebote das drogas de forma curativa.

No campo da pesquisa básica em homeopatia, o capítulo “Estudos experimentais em modelos biológicos (in vitro, em plantas e em animais)” descreve centenas de estudos experimentais em células, plantas e animais que demonstram a superioridade do medicamento homeopático perante os grupos-controles, evidenciando, em revisões sistemáticas e metanálises, que “homeopatia não é efeito placebo”.

No campo da pesquisa clínica em homeopatia, o capítulo “Ensaios clínicos randomizados controlados (RCTs)” descreve dezenas de ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos e placebos-controlados (nível de evidência 1B) de boa qualidade metodológica, os quais demonstram a eficácia do tratamento homeopático perante o placebo. Aumentando o nível de evidência (1A) da eficácia clínica da homeopatia, quatro capítulos abordam as revisões sistemáticas de RCTs, globais (qualquer indicação clínica) e específicas (indicações clínicas específicas), com e sem metanálises.

No capítulo “Revisões sistemáticas e relatórios globais com resultados positivos da homeopatia perante placebo”, estão descritas cinco revisões sistemáticas globais de RCTs com metanálises que demonstraram a superioridade do tratamento homeopático perante o placebo. Por outro lado, no capítulo “Revisões sistemáticas e relatórios globais com resultados negativos da homeopatia perante placebo (Falhas metodológicas)” estão descritas duas revisões sistemáticas globais de RCTs, uma com metanálise e outra sem, que trouxeram resultados negativos da homeopatia perante o placebo, nas quais são evidenciados os inúmeros vieses e falhas metodológicas dos estudos, demonstrados em diversas análises post hocpublicadas posteriormente.

Confirmando essas análises post hoc, em 2023, foi publicada uma revisão sistemática das revisões sistemáticas globais de RCTs com metanálises descritas anteriormente (16), demonstrando que “revisões sistemáticas globais de RCTs homeopáticos com metanálises revelam efeitos positivos significativos da homeopatia perante o placebo” e que “não houve suporte para a hipótese alternativa de não haver diferença de resultado entre homeopatia e placebo”.

No capítulo “Revisões sistemáticas para condições clínicas específicas”, estão descritas as revisões sistemáticas específicas, que demonstraram a superioridade da homeopatia perante o placebo em diversas condições clínicas, com metanálises (rinite alérgica, diarreia aguda infantil, íleo pós-operatório e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e sem metanálises (otite média aguda, inflamação pós-operatória, distúrbios psiquiátricos e doenças reumáticas).

No capítulo “Estudos observacionais”, foram abordados, principalmente, os estudos observacionais analíticos (nível de evidência 2B), descrevendo estudos de coorte robustos que trouxeram importantes informações sobre a efetividade e a relação custo-efetividade do tratamento homeopático em milhares de pacientes, em longo prazo e em diversas condições clínicas.

Finalizando o livro, o capítulo “Estratégias pseudocéticas e pseudocientíficas usadas em ataques à homeopatia” discorre sobre o pseudoceticismo e a pseudociência, descrevendo, em detalhes, os sinais reveladores de pseudoceticismo (ceticismo falso ou ceticismo patológico), tema de fundamental importância para desmascarar pseudocéticos e pseudocientistas que negam, sistematicamente, as inúmeras evidências científicas da homeopatia citadas ao longo da obra (3).

Assim sendo, apesar das dificuldades e limitações existentes no desenvolvimento de pesquisas em homeopatia, seja pelos aspectos metodológicos ou pela ausência de apoio institucional e financeiro, o significante conjunto de estudos experimentais e clínicos descritos anteriormente é prova inconteste de que “existem evidências científicas em homeopatia” e que “homeopatia não é efeito placebo”, ao contrário do preconceito falsamente disseminado. No entanto, novos estudos devem continuar a ser desenvolvidos, para aprimorar a prática clínica e elucidar aspectos singulares ao paradigma homeopático.

 

Referências

  1. Teixeira MZ. Possíveis contribuições do modelo homeopático à humanização da formação médica. Rev Bras Educ Med. 2009;33(3):454-463. Available from: https://doi.org/10.1590/S0100-55022009000300016.
  2. Teixeira MZ. Scientific evidence of the homeopathic epistemological model. Int J High Dilution Res. 2011;10(34):46-64. Available from: https://doi.org/10.51910/ijhdr.v10i34.421.
  3. Teixeira MZ. Pseudoskeptical and pseudoscientific strategies used in attacks on homeopathy. Rev Assoc Med Bras (1992). 2021;67(6):777-780. Available from: https://doi.org/10.1590/1806-9282.20210367.
  4. Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP, Brasil). Dossiê Especial: Evidências Científicas em Homeopatia. Rev Homeopatia (São Paulo). 2017;80(1/2). Available from: http://revista.aph.org.br/index.php/aph/issue/view/41/showToc.
  5. Technical Chamber for Homeopathy of the Regional Medical Council of the State of São Paulo (CREMESP, Brazil). Special Dossier: Scientific Evidence for Homeopathy. Rev Homeopatia (São Paulo). 2017;80(3/4). Available from: http://revista.aph.org.br/index.php/aph/issue/view/42/showToc.
  6. Cámara Técnica de Homeopatía del Consejo Médico Regional del Estado de São Paulo (CREMESP, Brasil). Evidencias Científicas de la Homeopatía. Homeopatia Méx. 2023;187(esp). Available from: https://homeopatiamex.similia.com.mx/index.php/Revista/issue/view/90-aniversario-2023/62.
  7. Teixeira MZ. Special Dossier: “Scientific Evidence for Homeopathy”. Rev Assoc Med Bras (1992). 2018;64(2):93-94. Available from: https://doi.org/10.1590/1806-9282.64.02.93.
  8. Teixeira MZ. Proofs that homeopathic medicine works: Dossier “Scientific Evidence for Homeopathy” (Revista de Homeopatia, São Paulo Homeopathic Medical Association). Homeopathy. 2018;107(1):45. Available from: https://doi.org/10.1055/s-0037-1613677.
  9. Teixeira MZ. “Scientific Evidence for Homeopathy”. Clinics (Sao Paulo). 2023;78:100255. Available from: https://doi.org/10.1016/j.clinsp.2023.100255.
  10. Teixeira MZ. “Homeopatia não é efeito placebo”: comprovação das evidências científicas da homeopatia. [e-book]. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina; 2023. Available from: https://doi.org/10.11606/9786500794380.
  11. Teixeira MZ. “Homeopathy is not placebo effect”: proof of scientific evidence for homeopathy. [e-book]. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina; 2024. Available from: https://doi.org/10.11606/9786500987591.
  12. Teixeira, M. “La homeopatía no es efecto placebo”: comprobación de las evidencias científicas en homeopatía [e-book]. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina, 2024. Available from: https://doi.org/10.11606/9786501020976.
  13. Teixeira MZ. “Homeopathy is not placebo effect”: proof of the scientific evidence for homeopathy. Rev Assoc Med Bras (1992). 2024;70(4):e20231438. Available from: https://doi.org/10.1590/1806-9282.20231438.
  14. [20] Teixeira MZ. Homeopathy is not placebo effect: proof of the scientific evidence for homeopathy in open access trilingual e-book. Clinics (Sao Paulo). 2024;79:100456. Available from: https://doi.org/10.1016/j.clinsp.2024.100456.
  15. [21] Teixeira MZ. Trilingual e-book: Homeopathy is not Placebo Effect. Homeopathy. 2025 Jan 6. Epub ahead of print. Available from: https://doi.org/10.1055/s-0044-1793940.
  16. [22] Hamre HJ, Glockmann A, von Ammon K, Riley DS, Kiene H. Efficacy of homoeopathic treatment: Systematic review of meta-analyses of randomised placebo-controlled homoeopathy trials for any indication. Syst Rev.2023;12:191. Available from: https://doi.org/10.1186/s13643-023-02313-2.

Proof of the Scientific Evidence for Homeopathy: Vitalist, Integrative and Humanistic Medical Practice

Founded in 1796 by the German physician Samuel Hahnemann, homeopathy is a medical practice recognized worldwide, carrying out assistance, teaching and research activities in various health institutions and medical schools. In Brazil, it is a medical specialty recognized by the Federal Council of Medicine (CFM) and the Brazilian Medical Association (AMB) since 1980 and 1990, respectively.

Presenting a vitalist, integrative and humanistic conception in the understanding of the health-disease process, it employs a treatment based on four heterodox and complementary scientific assumptions (principle of therapeutic similitude, homeopathic pathogenetic experimentation, use of individualized medicines and in dynamized doses), with the aim of awakening a curative response of the organism against its own disorders and providing to patients a state of physical, mental, social and spiritual well-being (1,2).

Because it is based on epistemological premises different from conventional medical practice, homeopathy, in general, is poorly understood, suffering the criticism of prejudiced individuals who systematically deny homeopathic principles and any scientific evidence that proves them. In reality, they are pseudoskeptics masquerading as pseudoscientists (3).

To demystify these culturally ingrained pseudoskeptical fallacies (“there is no scientific evidence for homeopathy” and “homeopathy is placebo effect”) and to elucidate everyone, the Technical Chamber of Homeopathy of the Regional Council of Medicine of the State of São Paulo (CT-Homeopathy, Cremesp) elaborated, in 2017, o Special Dossier “Scientific Evidence for Homeopathy”, available in trilingual open access editions (Portuguese, English and Spanish) in scientific journals Revista de Homeopatia (São Paulo) (4,5) and La Homeopatía de México (6).

Composed of nine narrative reviews of research in various areas of science (historical-social-political, medical education, pharmacological, basic, clinical, patient safety and pathogenetic experimentation), encompassing hundreds of experimental and clinical studies, this dossier highlighted the state of the art of research in homeopathy (7-9).

In order to expand and update this scientific evidence for homeopathy, we published, in 2023, the open access electronic book (e-book, PDF) in Portuguese “Homeopatia não é efeito placebo”: comprovação das evidências científicas da homeopatia (10), which has been translated into English and Spanish in 2024:  “Homeopathy is not placebo effect”: proof of scientific evidence for homeopathy (11) and “La homeopatía no es efecto placebo”: comprobación de las evidencias científicas en homeopatía (12).

In thirteen interactive chapters, the book discusses various topics related to research in homeopathy, encompassing from “homeopathic clinical epidemiology” to “pseudoskeptical and pseudoscientific strategies used in attacks on homeopathy”, including the “panorama of research in homeopathy (databases)”, “pharmacological basis of the principle of similitude”, “experimental studies in biological models”, “randomized controlled clinical trials”, “systematic reviews and meta-analyses” and “observational studies”, among others (13-15).

Starting the work, the chapter “Homeopathy” discusses the epistemological premises of the homeopathic model (principle of therapeutic similitude, homeopathic pathogenetic experimentation, use of individualized medicines and in dynamized doses) in detail, describing its evidence in general and providing the reader with an overview of treatment and clinical practice in homeopathy (2).

Then in the chapter “Homeopathic clinical epidemiology”, the principles of homeopathic clinical epidemiology are addressed after a review of the principles of classical clinical epidemiology and the types of epidemiological studies used to evaluate the efficacy and effectiveness of conventional treatments, as well as the types of epidemiological studies in homeopathy. It is worth highlighting that the epistemological premise of “individualization of homeopathic treatment in view of the symptomatic totality characteristic of the patient-disease binomial” is a sine qua non condition for dynamized homeopathic medicine (ultra-diluted and with infinitesimal pathogenetic power) to be able to awaken a curative response.

Next, in addition to general databases (LILACS and PubMed), several specific homeopathic databases are described in the chapter “Overview of homeopathy research – Databases”; these databases group together a wide range of homeopathic studies indexed in the areas of basic and clinical research, from experimental studies in biological and physicochemical models (Homeopathy Basic Research Experiments database, HomVetCR database and PROVINGS.INFO database) through to epidemiological clinical studies of all types (Clinical Outcome Research in Homeopathy, Homeopathic Intervention Studies and CAM-QUEST databases).

The principle of similitude (similarity) is approached according to the homeopathic model and modern pharmacology in the chapter “Pharmacological basis of the principle of similitude”, describing hundreds of experimental and clinical studies that support the curative response of homeopathic treatment (vital reaction or therapeutic similarity) in accordance with manifestations of the rebound effect of modern drugs (paradoxical reaction of the organism). Furthermore, it describes the proposal to use modern drugs according to the principle of therapeutic similitude, using the rebound effect of drugs curatively.

In the field of basic research in homeopathy, the chapter “Experimental studies in biological models (in vitro, plants and animals)” describes hundreds of experimental studies in cells, plants and animals that demonstrate the superiority of homeopathic medicine over control groups, highlighting that “homeopathy is not placebo effect” in systematic reviews and meta-analyses.

In the field of clinical research in homeopathy, the chapter “Randomized controlled clinical trials (RCTs)” describes dozens of randomized, double-blind and placebo-controlled clinical trials (level of evidence 1B) of good methodological quality which demonstrate the effectiveness of the homeopathic treatment versus placebo. Four chapters address systematic reviews of RCTs, global (any clinical indication) and specific (specific clinical indication) with and without meta-analyses, increasing the level of evidence (1A) of the clinical effectiveness of homeopathy.

In the chapter “Systematic reviews and global reports with positive results of homeopathy compared to placebo”, five global systematic reviews of RCTs with meta-analyses are described which demonstrate the superiority of homeopathic treatment over placebo. On the other hand, two global systematic reviews of RCTs, one with meta-analysis and the other without, are described in the chapter “Systematic reviews and global reports with negative results of homeopathy compared to placebo (Methodological flaws)”. These presented negative results of homeopathy compared to placebo, however numerous biases and methodological flaws in the studies are evidenced, as demonstrated in several post hocanalyzes published later.

Confirming these post hoc analyses, a systematic review of global systematic reviews of RCTs with meta-analyses described previously was published in 2023 (16), demonstrating that “global systematic reviews of homeopathic RCTs with meta-analyses reveal significant positive effects of homeopathy compared to placebo”, and that “there was no support for the alternative hypothesis of no outcome difference between homeopathy and placebo”.

Specific systematic reviews are described in the chapter “Systematic reviews for specific clinical conditions”, which demonstrated the superiority of homeopathy over placebo in several clinical conditions: with meta-analyses (allergic rhinitis, acute childhood diarrhea, postoperative ileus and attention deficit disorder with hyperactivity) and without meta-analyses (acute otitis media, postoperative inflammation, psychiatric disorders and rheumatic diseases).

Then in the chapter “Observational studies”, analytical observational studies (level of evidence 2B) were mainly addressed, describing robust cohort studies which presented important information about the effectiveness and cost-effectiveness of homeopathic treatment in thousands of patients in the long term and in various clinical conditions.

Concluding the book, the chapter “Pseudoskeptical and pseudoscientific strategies used in attacks on homeopathy” discusses pseudoskepticism and pseudoscience, describing the tell-tale signs of pseudoskepticism (bogus skepticism or pathological skepticism) in detail, which is a topic of fundamental importance for unmasking pseudoskeptics and pseudoscientists who systematically deny the vast amount of scientific evidence for homeopathy cited throughout the work (3).

Thus, despite the difficulties and limitations that exist in developing research in homeopathy, whether due to methodological aspects or the lack of institutional and financial support, the significant set of experimental and clinical studies described previously is indisputable proof that “there is scientific evidence for homeopathy” and that “homeopathy is not placebo effect”, contrary to the falsely disseminated prejudice. However, new studies must continue to be developed to improve clinical practice and elucidate peculiar aspects of the homeopathic paradigm.

 

References

  1. Teixeira MZ. Possíveis contribuições do modelo homeopático à humanização da formação médica [Possible contributions of the homoeopathic model to humanization of medical training]. Rev Bras Educ Med. 2009;33(3):454-463. Available from: https://doi.org/10.1590/S0100-55022009000300016.
  2. Teixeira MZ. Scientific evidence of the homeopathic epistemological model. Int J High Dilution Res. 2011;10(34):46-64. Available from: https://doi.org/10.51910/ijhdr.v10i34.421.
  3. Teixeira MZ. Pseudoskeptical and pseudoscientific strategies used in attacks on homeopathy. Rev Assoc Med Bras (1992). 2021;67(6):777-780. Available from: https://doi.org/10.1590/1806-9282.20210367.
  4. Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP, Brasil). Dossiê Especial: Evidências Científicas em Homeopatia. Rev Homeopatia (São Paulo). 2017;80(1/2). Available from: http://revista.aph.org.br/index.php/aph/issue/view/41/showToc.
  5. Technical Chamber for Homeopathy of the Regional Medical Council of the State of São Paulo (CREMESP, Brazil). Special Dossier: Scientific Evidence for Homeopathy. Rev Homeopatia (São Paulo). 2017;80(3/4). Available from: http://revista.aph.org.br/index.php/aph/issue/view/42/showToc.
  6. Cámara Técnica de Homeopatía del Consejo Médico Regional del Estado de São Paulo (CREMESP, Brasil). Evidencias Científicas de la Homeopatía. Homeopatia Méx. 2023;187(esp). Available from: https://homeopatiamex.similia.com.mx/index.php/Revista/issue/view/90-aniversario-2023/62.
  7. Teixeira MZ. Special Dossier: “Scientific Evidence for Homeopathy”. Rev Assoc Med Bras (1992). 2018;64(2):93-94. Available from: https://doi.org/10.1590/1806-9282.64.02.93.
  8. Teixeira MZ. Proofs that homeopathic medicine works: Dossier “Scientific Evidence for Homeopathy” (Revista de Homeopatia, São Paulo Homeopathic Medical Association). Homeopathy. 2018;107(1):45. Available from: https://doi.org/10.1055/s-0037-1613677.
  9. Teixeira MZ. “Scientific Evidence for Homeopathy”. Clinics (Sao Paulo). 2023;78:100255. Available from: https://doi.org/10.1016/j.clinsp.2023.100255.
  10. Teixeira MZ. “Homeopatia não é efeito placebo”: comprovação das evidências científicas da homeopatia. [e-book]. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina; 2023. Available from: https://doi.org/10.11606/9786500794380.
  11. Teixeira MZ. “Homeopathy is not placebo effect”: proof of scientific evidence for homeopathy. [e-book]. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina; 2024. Available from: https://doi.org/10.11606/9786500987591.
  12. Teixeira, M. “La homeopatía no es efecto placebo”: comprobación de las evidencias científicas en homeopatía [e-book]. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina, 2024. Available from: https://doi.org/10.11606/9786501020976.
  13. Teixeira MZ. “Homeopathy is not placebo effect”: proof of the scientific evidence for homeopathy. Rev Assoc Med Bras (1992). 2024;70(4):e20231438. Available from: https://doi.org/10.1590/1806-9282.20231438.
  14. Teixeira MZ. Homeopathy is not placebo effect: proof of the scientific evidence for homeopathy in open access trilingual e-book. Clinics (Sao Paulo). 2024;79:100456. Available from: https://doi.org/10.1016/j.clinsp.2024.100456.
  15. Teixeira MZ. Trilingual e-book: Homeopathy is not Placebo Effect. Homeopathy. 2025 Jan 6. Epub ahead of print. Available from: https://doi.org/10.1055/s-0044-1793940.
  16. Hamre HJ, Glockmann A, von Ammon K, Riley DS, Kiene H. Efficacy of homoeopathic treatment: Systematic review of meta-analyses of randomised placebo-controlled homoeopathy trials for any indication. Syst Rev.2023;12:191. Available from: https://doi.org/10.1186/s13643-023-02313-2.